quinta-feira, 23 de abril de 2015

AMOR...SIMPLESMENTE AMOR!

Foto: Rubens Chiri
Tem vezes na vida que ficamos sem palavras para descrever um momento. Faltam as palavras certas para contar como foi uma noite, uma situação, um sentimento.

E hoje é assim que me sinto. Acabou tabu, acabou a zoeira, acabou a invencibilidade, acabou a gracinha. O papo de que aposentariam Rogerio já era, que nos eliminariam em casa, essa patacoada toda acabou.

Aqui é São Paulo. Tri campeão da Libertadores. E tem que ter respeito.

Aqui é uma torcida que pode não comparecer em massa, mas digo com propriedade, que o torcedor que vai ao Morumbi é apaixonado pelo time.

Aqui tem que respeitar a camisa. Seja o adversário ou quem a veste.

Todo mundo, em qualquer área da vida, passa por momentos difíceis. Fase ruim, vitórias que não aparecem, as coisas não dão certo nunca, parece que o fundo do poço é o caminho. E aí, uma noite qualquer a chave vira, tudo muda, a sorte olha prá gente e acontece noites como a de ontem.

É inexplicável mesmo. É difícil expressar sentimentos quando eu falo de São Paulo.

Futebol não é prioridade na vida de ninguém. E nem acho que deva ser. Mas eu não consigo entender quem não gosta de viver a emoçào que vivi ontem.

Futebol é a melhor coisa do mundo. Me trouxe títulos, comemorações, vítórias, passatempo, diversão e amigos, muitos amigos. Isso não tem preço! Amor por um time não se mede, não se compara, cada um sabe o que sente. Cada coração sabe como bate, nervoso ou feliz, cada choro de alegria, por uma vitória, cada comemoração é única. Futebol é amor, é paixão!

O Tricolor é o time da fé. O time onde a moeda cai em pé. E ontem caiu de novo. O imponderável aconteceu, exorcisamos um fantasma que, sim, nos assustou por um tempo. Mas nada é ruim prá sempre. Nenhum mal é eterno, seja prá quem for. E ontem foi NOSSA NOITE!

É isso que queremos Luis Fabiano. (sem a expulsão, tá!? Mas tudo bem, hoje não vou te criticar). É assim que esperamos sua postura Ganso. Alô Denilson e Souza, protejam sempre a defesa assim. Reinaldo e Bruno, por mais limitações que tenham, é assim que se joga. Michel, monstro dos olhos arregalados. Doria e Tolói, concentração sempre. E, M1TO, ai ai, M1TO, o que mais posso te falar? O que mais você pode merecer de bom nessa vida? Ontem foi um jogo pra te presentar. Não teve trabalho, não sofreu no gol, viu o time com vontade, aguerrido, na raça, na bola. Você não merecia acabar eliminado por esse time nojento. Não você...e nem a gente!

Já li e assisti que sua preleção no CT ontem, antes de ir pro Morumbi, foi foda! De chorar! Obrigada, Capitão. Obrigada mesmo por amar essas três cores que eu e tantos tanto amamos! Obrigada mesmo!

Somos SÃO PAULO, cacete! Aqui tudo pode acontecer. Se não vai na técnica, vai na raça. Se não tem jogada ensaiada, tem dedicação. Jogamos como time ontem, como grupo, com equipe.

Foto: Rubens Chiri

Agora é outra fase. Cruzeiro não será fácil, claro. Não acho que tudo mudou agora, que o time é invencível e que (não pelo amor de Deus) o tal campeão voltou. Mas uma noite de cada vez. Deixa hoje a gente curtir o gostinho do dia 22 de abril de 2015. A gente merece!

E, amiguinhos da marginal sem número o choro é livre, a reclamação também. Mas façam-me o favor, vão chorar na Cantareira. Estamos precisando de muita água lá. E chegou a vez de vocês chorarem. E a gente comemorar...nenhum mal é para sempre!

Aqui é São Paulo. Aqui é AMOR...simplesmente AMOR!




segunda-feira, 6 de abril de 2015

OBRIGADA, MURICY! MAS REALMENTE NÃO ROLAVA MAIS...



E acabou. De forma triste, melancólica, bem depressiva mesmo...

Muricy não é mais técnico do São Paulo. Poxa vida, como eu não queria escrever sobre isso...

Ele tentou. A torcida tentou. A diretoria tentou. E acho que os jogadores também. Mas o desgaste foi inevitável. Sabe aquele relacionamento que todo mundo olha de fora e inveja no começo, e que um dia acaba e a resposta que você tem prá dar é: Não deu. Não rolou. Não foi dessa vez. Não era prá ser. Então, é isso!

Gratidão é tudo o que podemos sentir agora. Pelo TRI Brasileiro consecutivo no auge do São Paulo. Pelo não rebaixamento em 2013. E mais que isso, pelo AMOR a instituição São Paulo Futebol Clube.

Ele pode ter todos os defeitos do mundo, teimosia, falta de preparo pro cargo, ou não, falta de reciclagem para acompanhar as mudanças do futebol. Mas se tem uma coisa que ele sempre teve foi respeito, amor e honra com a camisa do TRICOLOR. Seja em campo ou no banco.

Foi discípulo de Telê, inclusive na teimosia. Mas os tempos são outros. A modernidade e as mudanças constantes no futebol de hoje não batem com a postura de Muricy.

Uma pena.

Não quero aqui arrumar culpados, apontar o dedo na cara do técnico e nem escrever que graças a Deus o cara saiu. Estou triste de verdade. Como o final de um namoro, de um relacionamento. Fica agora a tristeza de não ter dado certo, a melancolia de grandes jogos, grandes títulos, foi realmente uma pena. Acabou o amor, acabou o brilho nos olhos, acabou....

Que ele possa agora cuidar da saúde primeiro. Isso deve vir sempre em primeiro lugar. A saúde e a família. Futebol é o de menos. Depois precisa mesmo se reciclar, aprender, ouvir mais, olhar para os lados, com olhar abrangente. Se continuar no esporte, que seja feliz onde escolher ir. Porque ele pode, sim, escolher prá onde quer ir. Mas se parar, que seja uma decisão capaz de fazê-lo feliz.

Não dava mais, eu sei. Mas faltou o ultimo beijo, sabem? Não sei prá vocês, mas prá mim, vai ficar sempre a sensação de que ficou algo mal resolvido.

Obrigada pelo TRI Muricy, obrigada por não fazermos passar a maior vergonha que um time de futebol pode sofrer. Mas realmente, sem grandes explicações e porquês, não dava mais!