sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

OBRIGADA, CAPITÃO!



Chegou a hora, né!? Acabou.

É o final de um ciclo, de uma fase, é o final de uma era. É o final da carreira de um ídolo que vestiu a camisa do meu time por 25 anos.

Que bom que tivemos você, Capitão. Que bom que os outros torcedores odiaram você. Assim sobrou espaço só prá gente te idolatrar. Sua história é tão grande que você merece um descanso. Merece estar com a gente na arquibancada, vendo o TRICOLOR ser melhor, ser grande, como ele deve ser.

Cem mil vezes obrigada pelo 100º gol naquele time; milhares vezes obrigada pela partida contra o Rosário Central, em 2004, e pelas defesas extraordinárias contra o Universidad Católica, em 2013; milhões de vezes obrigada pelas defesas incríveis em 2005, no Mundial. Zilhões de vezes obrigada pelos mais de 100 gols na carreira, que tanto nos alegraram. Muitos outros milhões de obrigada pelos mais de 1000 jogos pelo São Paulo. Por todas as vezes que fez o caminho pro CT, por todas as vezes que ficou depois do treino prá aperfeiçoar a batida de falta, por cada vitória, por cada defesa, por cada entrevista.

Obrigada por ser chato, por não desistir nunca, por ser fominha e determinado, por querer sempre mais, sempre o melhor, sempre a perfeição. Obrigada por causar a inveja em quem não é são paulino. Sim, a raiva que eles têm, nada mais é do que inveja da dedicação e da identificação que você tem com a gente. Não há quem tenha isso mais do que você.

Obrigada por fazer parte da minha história como torcedora do São Paulo.

Obrigada, Capitão, por mostrar como se ama essas três cores. Obrigada por ensinar ao mundo do futebol o que é AMOR pela camisa.

Atleta, Goleiro, Capitão, Diferenciado, Craque, Gênio, M1TO. Você faz jus à palavra líder!

Por várias vezes, eu ouvi do meu avô histórias sobre Leônidas e como ele inventou a bicicleta – sim, ele estava lá, ele viu – sobre Friedenreich, sobre Careca, todos que eu não vi jogar. E, um dia, eu farei o mesmo, vou contar aos meus filhos e meus netos, sobre quem foi Rogério Ceni.

Tantos textos já foram escritos prá você. Tantas palavras, agradecimentos, homenagens. E nada será o suficiente. Nenhum jogador é maior que um time, mas você foi e sempre será fundamental para a história do São Paulo Futebol Clube. Agora seguimos juntos como torcedores.

Tantas vezes imaginamos como seria o dia em que você decidisse parar, definitivamente. Na verdade, eu torcia pra ele não chegar.

Hoje, esse dia chegou. Sentiremos saudades.

Chegou a hora, né?! Acabou....




quinta-feira, 23 de abril de 2015

AMOR...SIMPLESMENTE AMOR!

Foto: Rubens Chiri
Tem vezes na vida que ficamos sem palavras para descrever um momento. Faltam as palavras certas para contar como foi uma noite, uma situação, um sentimento.

E hoje é assim que me sinto. Acabou tabu, acabou a zoeira, acabou a invencibilidade, acabou a gracinha. O papo de que aposentariam Rogerio já era, que nos eliminariam em casa, essa patacoada toda acabou.

Aqui é São Paulo. Tri campeão da Libertadores. E tem que ter respeito.

Aqui é uma torcida que pode não comparecer em massa, mas digo com propriedade, que o torcedor que vai ao Morumbi é apaixonado pelo time.

Aqui tem que respeitar a camisa. Seja o adversário ou quem a veste.

Todo mundo, em qualquer área da vida, passa por momentos difíceis. Fase ruim, vitórias que não aparecem, as coisas não dão certo nunca, parece que o fundo do poço é o caminho. E aí, uma noite qualquer a chave vira, tudo muda, a sorte olha prá gente e acontece noites como a de ontem.

É inexplicável mesmo. É difícil expressar sentimentos quando eu falo de São Paulo.

Futebol não é prioridade na vida de ninguém. E nem acho que deva ser. Mas eu não consigo entender quem não gosta de viver a emoçào que vivi ontem.

Futebol é a melhor coisa do mundo. Me trouxe títulos, comemorações, vítórias, passatempo, diversão e amigos, muitos amigos. Isso não tem preço! Amor por um time não se mede, não se compara, cada um sabe o que sente. Cada coração sabe como bate, nervoso ou feliz, cada choro de alegria, por uma vitória, cada comemoração é única. Futebol é amor, é paixão!

O Tricolor é o time da fé. O time onde a moeda cai em pé. E ontem caiu de novo. O imponderável aconteceu, exorcisamos um fantasma que, sim, nos assustou por um tempo. Mas nada é ruim prá sempre. Nenhum mal é eterno, seja prá quem for. E ontem foi NOSSA NOITE!

É isso que queremos Luis Fabiano. (sem a expulsão, tá!? Mas tudo bem, hoje não vou te criticar). É assim que esperamos sua postura Ganso. Alô Denilson e Souza, protejam sempre a defesa assim. Reinaldo e Bruno, por mais limitações que tenham, é assim que se joga. Michel, monstro dos olhos arregalados. Doria e Tolói, concentração sempre. E, M1TO, ai ai, M1TO, o que mais posso te falar? O que mais você pode merecer de bom nessa vida? Ontem foi um jogo pra te presentar. Não teve trabalho, não sofreu no gol, viu o time com vontade, aguerrido, na raça, na bola. Você não merecia acabar eliminado por esse time nojento. Não você...e nem a gente!

Já li e assisti que sua preleção no CT ontem, antes de ir pro Morumbi, foi foda! De chorar! Obrigada, Capitão. Obrigada mesmo por amar essas três cores que eu e tantos tanto amamos! Obrigada mesmo!

Somos SÃO PAULO, cacete! Aqui tudo pode acontecer. Se não vai na técnica, vai na raça. Se não tem jogada ensaiada, tem dedicação. Jogamos como time ontem, como grupo, com equipe.

Foto: Rubens Chiri

Agora é outra fase. Cruzeiro não será fácil, claro. Não acho que tudo mudou agora, que o time é invencível e que (não pelo amor de Deus) o tal campeão voltou. Mas uma noite de cada vez. Deixa hoje a gente curtir o gostinho do dia 22 de abril de 2015. A gente merece!

E, amiguinhos da marginal sem número o choro é livre, a reclamação também. Mas façam-me o favor, vão chorar na Cantareira. Estamos precisando de muita água lá. E chegou a vez de vocês chorarem. E a gente comemorar...nenhum mal é para sempre!

Aqui é São Paulo. Aqui é AMOR...simplesmente AMOR!




segunda-feira, 6 de abril de 2015

OBRIGADA, MURICY! MAS REALMENTE NÃO ROLAVA MAIS...



E acabou. De forma triste, melancólica, bem depressiva mesmo...

Muricy não é mais técnico do São Paulo. Poxa vida, como eu não queria escrever sobre isso...

Ele tentou. A torcida tentou. A diretoria tentou. E acho que os jogadores também. Mas o desgaste foi inevitável. Sabe aquele relacionamento que todo mundo olha de fora e inveja no começo, e que um dia acaba e a resposta que você tem prá dar é: Não deu. Não rolou. Não foi dessa vez. Não era prá ser. Então, é isso!

Gratidão é tudo o que podemos sentir agora. Pelo TRI Brasileiro consecutivo no auge do São Paulo. Pelo não rebaixamento em 2013. E mais que isso, pelo AMOR a instituição São Paulo Futebol Clube.

Ele pode ter todos os defeitos do mundo, teimosia, falta de preparo pro cargo, ou não, falta de reciclagem para acompanhar as mudanças do futebol. Mas se tem uma coisa que ele sempre teve foi respeito, amor e honra com a camisa do TRICOLOR. Seja em campo ou no banco.

Foi discípulo de Telê, inclusive na teimosia. Mas os tempos são outros. A modernidade e as mudanças constantes no futebol de hoje não batem com a postura de Muricy.

Uma pena.

Não quero aqui arrumar culpados, apontar o dedo na cara do técnico e nem escrever que graças a Deus o cara saiu. Estou triste de verdade. Como o final de um namoro, de um relacionamento. Fica agora a tristeza de não ter dado certo, a melancolia de grandes jogos, grandes títulos, foi realmente uma pena. Acabou o amor, acabou o brilho nos olhos, acabou....

Que ele possa agora cuidar da saúde primeiro. Isso deve vir sempre em primeiro lugar. A saúde e a família. Futebol é o de menos. Depois precisa mesmo se reciclar, aprender, ouvir mais, olhar para os lados, com olhar abrangente. Se continuar no esporte, que seja feliz onde escolher ir. Porque ele pode, sim, escolher prá onde quer ir. Mas se parar, que seja uma decisão capaz de fazê-lo feliz.

Não dava mais, eu sei. Mas faltou o ultimo beijo, sabem? Não sei prá vocês, mas prá mim, vai ficar sempre a sensação de que ficou algo mal resolvido.

Obrigada pelo TRI Muricy, obrigada por não fazermos passar a maior vergonha que um time de futebol pode sofrer. Mas realmente, sem grandes explicações e porquês, não dava mais!




quinta-feira, 26 de março de 2015

É FALTA!

Falta. E muito.

E não estou falando da falta infantil e bizarra que Tolói fez em Dudu logo no começo do jogo.

Estou falando de falta do verbo faltar...

Falta pulso firme do presidente.

Falta planejamento de uma diretoria amadora e perdida.

Falta competência interna.

Falta vergonha na cara de alguns dirigentes que não enxergam o clube que trabalham.

Falta humildade.

Falta treinamento.

Falta aprimoramento.

Falta técnico (como me dói escrever isso).

Falta zagueiro bom, centrado, que não coloca o time no perrengue.

Falta volantes marcadores, com pegada (ou que, pelo menos, treine prá isso).

Falta vontade do meio campo. MUITA vontade.

Falta vontade do camisa 9 em jogar as partidas importantes.

Falta visão de jogo do técnico em não tirar peças importantes quando precisa mexer no time.

Falta sei lá o que prá torcedor que pede a aposentadoria do Rogério.

Falta torcedor no estádio.

Falta salário e premiação.

Falta brio, vontade, garra, tesão.

Putaquepariu (com o perdão do palavrão)....falta TUDO!

E falta, principalmente, saber por onde começar a arrumar a casa!


quinta-feira, 19 de março de 2015

É HORA DE ARREGALAR OS OLHOS!

Foto: Rubens Chiri
Ainda estou sob os efeitos da ressaca, da raiva, do medo, da comemoração, do choro...

Ainda estou lembrando de cada lance que podia ter sido gol. De cada jogada que não deu certo e que podiam ter deixado a noite mais simples para nós, torcedores....

Mas isso é o futebol. É nervoso. É muitas vezes injusto, inesperado, emocionante até o final. E é por isso que ele é tão legal. Por isso que tem tanta magia, tanta paixão.

O que os pouco mais de 26 mil torcedores sentiram ontem, aos 44 minutos do segundo tempo, é inexplicável. Só quem gosta de futebol vai entender a emoção. Só quem acompanha um time, quem gosta de ir ao estádio, quem pode comparecer e não torcer no sofá, sabe a sensação de gritar aquele gol.

O nosso TRICOLOR está beeeem longe de ser o ideal, de ser aquele time que a gente pode confiar. Como disse nosso Capitão ontem: esse time seria campeão da Libertadores hoje? Não. Mas temos chance de melhorar até lá? Sim. E muita!

Que a noite de ontem inspire. Sim, inspiração de forma geral.

Que inspire primeiro o Sr. Presidente Aidar, para pensar antes de fritar técnico e comece a jogar a favor do clube. Seja qual for a decisão que ache certa tomar, que seja pelo bem do clube.

Que inspire ao diretor de futebol e que ele pense antes de reclamar em público dessa torcida apaixonada que o São Paulo tem.

Que inspire nosso técnico Muricy Ramalho a rever conceitos, a ser menos teimoso, a acalmar e unir o elenco cada vez mais..

Que inspire cada um dos jogadores - titulares e reservas. Que entrem em campo com tesão, com responsabilidade que a camisa tem. Que saibam que a derrota muitas vezes vem, faz parte, mas a gente não perdoa falta de brio e vontade.

E que inspire o torcedor são paulino a estar mais presente, a torcer, a vibrar na hora de vibrar, a saber cobrar quando se deve e da maneira que se deve, a comparecer ao estádio, se emocionar e curtir. Porque é prá isso que o futebol existe. Para curtir!

A gente estava dormindo profundamente. Abrimos um olho já, eu espero. Agora é só arregalar os dois olhos e mostrar que o São Paulo Futebol Clube tá acordado...e muito!


terça-feira, 10 de março de 2015

O DIA EM QUE EU SAI DA ARQUIBANCADA PARA O GRAMADO...


Fazia muito tempo que não escrevia por aqui....mas está mais do que na hora de reativá-lo!

E nada melhor prá começar do que uma matéria inteirinha minha no Globo Esporte do último sábado! Sim, fui repórter do programa durante o treino e a coletiva do TRICOLOR no Morumbi. Demais!

Foi um misto de nervoso e orgulho, de alegria e tensão. 

Eu que estou tão acostumada a lidar com artistas por conta da minha profissão, que aprendi a não me deslumbrar diante de pessoas famosas - afinal elas são tão comuns quanto nós - ainda fico nervosa e apreensiva de estar diante de Rogerio Ceni e cia...

Para quem não assistiu à matéria ainda, o link é esse aqui:

http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-esporte-sp/v/torcedora-do-sao-paulo-vai-ate-o-morumbi-ver-o-treino-do-sao-paulo-e-questiona-muricy/4017338/

Sexta-feira, dia 06 de março, Morumbi, 9h da manhã. Lá estou eu, no nosso estádio, sendo microfonada e me preparando para entrar no estádio não para subir os degraus da arquibancada, mas pelo portão 1. Me lembrei de cada aula de TV na faculdade que eu odiava. Me lembrei que me odeio ver em vídeo, que não gosto da minha imagem na TV e fiquei nervosa porque teria que passar por cima de tudo isso e ainda parecer natural. Como se fosse normal a rotina de cobrir um treino do meu time.

Tive a oportunidade de assistir ao treino, observar a movimentação da imprensa, os bastidores de um pré-clássico, o comportamento na sala de imprensa e até fazer uma pergunta ao nosso técnico! Quer manhã melhor do essa?

Terminei a manhã muito orgulhosa de mim. Saiu melhor do que eu esperava. Ganhei elogios dos amigos depois que a matéria foi ao ar e até tirei foto na entrada do jogo domingo. Fui reconhecida e gostei dos 5 minutos de fama. Que vergonha! Rsrsrsrsrs...

O lado fã sempre fala mais alto, claro. Mas o lado jornalista também gostou de sentir o sabor de trabalhar com esporte, de viver o dia a dia de um clube. Ainda mais do meu clube. Foi bom! Deixou um gostinho de quero mais, me fez lembrar do dia em que escolhi o jornalismo e entrei na faculdade sonhando, um dia, trabalhar com futebol. 

O sonho virou hobby. Escrever e falar do São Paulo hoje, prá mim, é passatempo sério. É para a roda de amigos, para o pré-jogo no bar e para os blogs da vida. 

Por isso, o Lugar de Mulher é no Estádio está definitivamente reativado. Falar de São Paulo é sempre especial prá mim, estar no estádio, acompanhar os jogos, curtir os amigos TRICOLORES, tudo isso faz parte de uma rotina que eu definivamente gosto muito! 

Para alguns o futebol é guerra, prá mim é paz. Estar no estádio é alívio de um dia stressante. É risada na hora que tenho vontade de chorar, é um nervoso bom, uma ansiedade que faz bem. A rotina de ir a um jogo, vestir meu manto, estar no Morumbi é boa demais. Só quem gosta, pode entender. 

Que venham, então mais jogos, mais possibilidades de falar de futebol, mais momentos como este que vivi na matéria. Foi bom demais!