quinta-feira, 28 de novembro de 2013

QUE VENHA O FUTURO!

Ai, TRICOLORES, eu não sei vocês, mas para mim, o resultado de ontem, diante da Ponte era mais do que previsto. Na verdade, não o placar em si, mas a não classificação. Antes que me ataquem, não estava pessimista e tentei torcer e acreditar até o final. Mas sem a emoção e o fanatismo, era óbvio que seria muito difícil classificar.

Mas, a coluna de hoje não é para apontar defeitos no time, no esquema tático ou nas substituições que foram feitas ou não. Não é para criticar Paulo Miranda, Douglas, Maicon ou quem quer que seja. Não é para mais uma vez dizer o quanto estou decepcionada com o camisa 9. O problema do São Paulo não está mais no time que entra em campo. O problema maior está em quem coloca esses caras prá jogar, em quem os contrata.

2013 foi o ano mais pífio que eu vi do nosso TRICOLOR. A possível ideia de ser rebaixado deixou cada torcedor são paulino um pouco mais velho, com mais insônia, mais temeroso do futuro. Mas não adianta só procurar o erro no planejamento deste ano. O problema é muito maior, o círculo vicioso que nós entramos vem de muito tempo atrás.

Todos os passos mal dados lá atrás - e nem tão atrás assim - refletem agora. Comecemos pelo absurdo da quebra do estatuto do clube e o 3o. mandado do senhor Juvenal. Esse é o ponto de partida. A soberania virou soberba. É isso, repito, a soberania, virou soberba.

A partir daí foram atitudes e decisões descabidas, uma atrás da outra. A obsessão pelo Morumbi na Copa e tudo que Juvenal fez por isso. A demissão de toda a comissão técnica, tão vitoriosa; perdemos Carlinhos Neves, Turíbio, Rosan. Depois a entrada do câncer Adalberto Batista, que tirou poderes de Milton Cruz, na hora de indicar jogadores, que fez críticas abertas e públicos ao Rogerio Ceni e ao time como um todo, que nos momentos mais importantes do clube estava correndo de Porshe, longe do time, e de quem nosso excelentíssimo presidente virou refém por motivos que eu prefiro não saber.

E porque não falar também da sequência de fracassos em campeonatos, as constantes demissões e contratações de técnicos, a vinda de jogadores que nada acrescentavam ao time e que mal tinham condições de vestir a camisa do Maior do Mundo

(E aqui, abro esse parênteses. O termo Maior do Mundo é nosso, da torcida, viu Sr. Juvenal. O maior erro do senhor e dos que o cercam, foi ter acreditado nisso. Para ser maior e melhor é preciso profissionalismo, gente competente, entedida do assunto e muito trabalho. Coisa que você e seus aliados não têm nem de longe).

Mas e daí, né, Sr. Juvenal? O que importa o que nós pensamos, né? O que importa toda a tristeza deste ano se seu bolso está cheio e seu ego está bem inflado. Se dentro da maluquisse que o Sr. vive está tudo certo, tudo sobre controle. 

Pensando friamente - e digo isso com a maior dor no coração que um são paulino poderia dizer - o Sr não merecia terminar o mandato com um título. Não seria condizente com a direção que você deu ao nosso São Paulo. Não seria justo e merecido.

Eu espero, sinceramente, que o senhor se afaste ano que vem, trate de sua doença e não circule mais pelos corredores do Morumbi. Espero nunca mais vê-lo dando uma entrevista daquelas, falando aquelas bizarrices, sendo alvo de piadas dos jornalistas e adversários. 

E espero, mais ainda, que cada conselheiro responsável pelo voto que vai eleger um novo presidente, reflita muito sobre sua escolha. Eu sei que tudo dentro de um clube grande gira em torno de favores, de voto vendido e alianças obscuras. Não sou inocente ao ponto de achar que é possível um administração totalmente isenta dentro de um clube de futebol. 

Mas o mínimo que esperamos é que seja eleito alguém com experiência, boas ideias, com a cabeça no futuro, que não fique parado no tempo, achando que somos os grandes soberanos do Brasil. E principalmente que seja eleito alguém que traga para a diretoria pessoas competentes, profissionais e que tenham vontade de ver o São Paulo grande. Sempre fomos exemplo de administração, de cuidado com o futebol, com o time de base, com a construção de um clube e um time de futebol forte. 

Que a imagem das derrotas que vimos no Morumbi, debaixo de chuva e frio, que a imagem da eliminação para a Ponte Preta - que com todo o respeito é muito inferior ao TRICOLOR -, que a cena da torcida desesperada e triste, fique na lembrança de cada um que vota dentro do clube. Desde os sócios, indiretamente, até os conselheiros, diretamente. Que cada cena de 2013 ajude a refletir sobre o que farão do futuro do nosso São Paulo.

Que tenha sido só um ano ruim.

Que tenha sido só um pesadelo que acaba quando toca o despertador.

Que 2013 sirva de lição de como não deve ser feito. 

E que a gente volte a sorrir. Porque estou triste com o que meu time me proporcinou este ano. Mas jamais deixarei de amá-lo. E jamais deixarei de acreditar!

O jogo tem que seguir! 




Um comentário: